Olá galera!

Criamos esse espaço para que seja um cantinho onde todos os jovens possam compartilhar suas opiniões, críticas, sugestões, sobre os diversos aspectos que os cercam no dia-a-dia de suas vidas e que dificilmente têm com quem partilhar e opinar.

Chega de papo, vamos à luta!

Um grande abraço a todos!
José Vicente Ucha Campos

Contato: jvucampos@gmail.com



segunda-feira, 9 de maio de 2011

VOCAÇÃO SACERDOTAL – PROPOSTA AOS JOVENS

Queridos jovens amigos, a nossa proposta para vocês hoje, é para pararem um pouco as atividades que estiverem fazendo e darem um tempo em suas vidas agitadas, muitas vezes conturbadas e muitas vezes indecisas, para pensarem um pouco em seus futuros.
Com certeza, muitos de vocês ou todos, já pensaram em algum momento de suas vidas em como seria seu futuro. Quem nunca pensou:
- “O que eu quero ser na vida?”
- “O que eu posso ser na vida?”
- “Que rumo eu devo tomar na vida?”
- “Será que eu quero me casar, ter esposa e filhos?” 
- “Que profissão eu devo seguir?” E assim vai...

Eu agora queria lhes colocar mais uma alternativa de futuro. Você já pensou alguma vez em ser um sacerdote? Em dedicar a sua vida inteiramente a Jesus e à sua Igreja?
Você já pensou alguma vez em se dedicar a evangelizar, ministrar os sacramentos, celebrar a Eucaristia e ser um legítimo representante de Cristo aqui na terra?

Será que alguns de vocês nunca tiveram um lampejo de dúvida sobre seguir a vida sacerdotal? Ou será que você, neste momento, está em dúvida, esperando um sinal de Deus para ver que rumo dar a sua vida?

Não é pretensão minha influenciá-lo na decisão, mas, simplesmente colocar mais algumas informações, para que você possa fazer um discernimento , sob a ação do Espírito Santo de Deus, que o leve a decidir de forma natural e definitiva.

Querido jovem, eu gostaria de contar um caso que aconteceu com um amigo meu há alguns anos atrás. Vamos lá:

Era um jovem de uns 23 ou 24 anos, engenheiro eletroeletrônico, trabalhando numa grande companhia brasileira da área de geração de energia elétrica e tinha um irmão que era gerente de alto escalão que trabalhava na mesma companhia, embora em outro município.
Esse jovem, foi quem ministrou o meu treinamento profissional, quando eu também entrei nessa mesma empresa, também com 23 anos de idade. Foi ele quem ensinou a mim e a outros engenheiros tudo sobre o funcionamento de uma empresa de geração de energia, incluindo os diversos tipos de geração, suas máquinas, processos, procedimentos diversos e muito mais.
Após o treinamento, que levou meses, fomos trabalhar na área de produção e passamos a ser colegas de trabalho daquele jovem engenheiro.
O tempo foi passando e ele começou a galgar postos de gerência na empresa. Mas um dia, quando eu e outros engenheiros estávamos prestando serviço em um outro estado, pela nossa companhia, recebi a notícia de que deveria retornar ao meu local de trabalho original, pois teria que cobrir os serviços que eram realizados por aquele engenheiro que nos tinha treinado. O motivo me foi colocado de forma seca e rápida: “Ele largou tudo para ser padre.”
Os comentários foram os mais diversos possíveis, pois ninguém entendia como um jovem formado em engenharia, com todas as possibilidades de crescimento em sua carreira, que com certeza assumiria altos cargos de chefia e inclusive realizaria várias viagens para o exterior e muito mais, que tinha em torno de uns 27 anos (jovem, mas que na situação dele, já estava com a sua vida arrumada e decidida), de repente, larga tudo para ingressar num seminário, para ser um padre.
Eu mesmo, na época, confesso que fiquei meio surpreso. E assim se foi... Inclusive perdi contato com ele, pois quando cheguei da viagem e do estado onde estava, aquele meu amigo já havia saído da empresa e nunca mais consegui achá-lo.
Muitos anos depois, fiquei sabendo por um amigo em comum, que aquele meu amigo, ex-engenheiro, já havia se ordenado sacerdote e que estava trabalhando numa paróquia na região de Petrópolis, no Rio de Janeiro.
Fui procurá-lo por diversas vezes, mas, sempre que chegava num lugar onde ele havia estado, já tinha saído e estava fazendo alguma atividade longe dali.
Um belo dia, eu estava trabalhando no meu local de trabalho, já como gerente (possivelmente se aquele meu amigo tivesse continuado na empresa, o lugar seria dele), quando me ligaram da portaria dizendo que havia um padre no portão que queria falar comigo. Mandei entrar imediatamente. Grande foi a minha surpresa e alegria quando deparei com o meu amigo, ex-engenheiro, e agora sacerdote.
Ele fez questão de visitar toda a nossa companhia e rever alguns colegas de trabalho que ainda estavam lá. Ficou muito emocionado, e, foi quando falou algo que me deixou muito impressionado e alegre.
Ele falou sobre a sua satisfação e alegria em ser um sacerdote. Nos disse que a sua vocação havia aflorado dentro de si, mas ele ficava em dúvida em largar tudo o que tinha e que teria para se dedicar a algo que na verdade não sabia como seria. E, nos falou que foi a coisa mais certa que fez na vida, que nunca se arrependeu, e, que estava muito alegre e feliz, e mais, estava totalmente completo, pois no tempo que exercia a profissão de engenheiro, sentia sempre um vazio em sua vida.
A partir daquele momento nunca mais o perdi de vista, e sempre vou até a sua paróquia, que fica em outro município que não o Rio de Janeiro, para assistir às suas Missas, que diga-se de passagem, são maravilhosas. O meu amigo padre é um excelente sacerdote, muito amado por seus paroquianos. Faz um excelente trabalho pastoral, missionário e social na região da sua paróquia.
Ah, faltou dizer, que ao tomar a decisão que mudou a sua vida, o meu amigo teve de abrir mão do seu noivado (é..., ele era noivo de uma moça, que entendeu o seu chamado e a sua vocação e hoje é sua amiga) e de seus bens (carro, apartamento, casa onde pensava em morar com a sua futura mulher, etc).
Eu considero esse meu amigo sacerdote, um homem fantástico, de uma coragem extraordinária e de um amor ao Cristo, que se vê só em poucos sacerdotes; amor esse que ele deixa transparecer em suas homilias maravilhosas, das missas que celebra.

Que felicidade ver um homem de Deus, tão dedicado ao seu sacerdócio. Eu fico muito feliz em vê-lo rodeado de paroquianos ao final das missas, dando atenção a todos e com um sorriso cativante no rosto. Fico feliz ainda pelas mensagens que transmite em suas homilias, pela firmeza e paixão de como fala do Cristo e da Sua Igreja.

É meu jovem, esse meu amigo, deu, como se costuma dizer, uma guinada de 180 graus em sua vida. Aos Vinte e poucos anos de idade, começou tudo do zero e se atirou no escuro, de cima da montanha, nos braços de Cristo.
E você?
Ainda continua com dúvidas?

Vejamos, de uma forma simplificada, quais são os passos que devem ser dados por um jovem que se sente chamado para o sacerdócio:

- Em primeiro lugar o jovem deve sentir o chamado para o sacerdócio. Isso é algo pessoal, que pode se dar através de uma experiência própria com Deus, seja pela oração, pela vida comunitária, familiar ou de alguma outra forma. O importante é que em algum momento de sua vida, o jovem se sentiu atraído por Deus para ser um servo Seu, através do sacerdócio.
- Isso acontecendo, o jovem deve procurar um sacerdote, que ouvindo como foi o seu chamado e sentindo o que vai em seu coração, vai orientá-lo nos passos que deverão ser dados.
- O ideal é que o jovem a partir daí, procure o seu pároco de origem, que deverá, sentindo que pode se tratar de uma verdadeira vocação, encaminhá-lo ao Seminário. Caso por algum motivo o pároco de origem do jovem, não possa encaminhá-lo, por motivo de distância ou outro impedimento, o padre que o oriente espiritualmente, pode fazê-lo.
- Chegando ao Seminário, o jovem será encaminhado ao GVA (Grupo Vocacional Arquidiocesano). O GVA vai acompanhar esse jovem e ajudá-lo a descobrir a sua real vocação.
- Aprovado para o Seminário, o jovem vai participar da turma do Propedêutico (no caso do Rio de Janeiro, no Seminário Rainha dos Apóstolos). Lá ele permanecerá por 01 ano.
- Após esse período, o jovem ingressa na Filosofia, no Seminário São José (no caso Arquidiocese do Rio de Janeiro), onde cursará essa disciplina por 03 anos.
- Ao término desse período, o seminarista ingressa na Teologia, no mesmo Seminário São José, onde cursará por 04 anos essa disciplina.
- Ao final da Teologia, o seminarista é ordenado Diácono, indo prestar serviço em uma paróquia, por um período  de 06 meses.
- Após esse período, o diácono é ordenado Sacerdote, com as Bençãos de Deus .
Que o Divino Espírito Santo os ilumine!
Por: José Vicente Ucha Campos

Caso você queira compartilhar a sua experiência de vocação religiosa com outros jovens, traga para nós a sua história ou seus comentários. Quem sabe pela sua experiência de vida, outros jovens se sintam tocados.
Contate-nos. 
Que Deus abençoe a todos! 

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