A oração do Credo, também conhecida como Profissão de Fé ou ainda Símbolo dos Apóstolos, é a oração pela qual exprimimos a nossa fé verdadeira na Santíssima Trindade, no seu poder supremo e criador e nas verdades fundamentais da nossa doutrina católica.
Todo cristão é obrigado a saber o símbolo dos Apóstolos de cor (Santo Agostinho). Quem não se empenha em aprendê-lo, torna-se gravemente culpado (São Tomás). Recitai todos os dias o vosso símbolo, nas orações da manhã e da noite, a fim de refrescar a vossa fé (Santo Agostinho). O símbolo é a renovação do pacto concluído com Deus no batismo (São Pedro Crisólogo); é uma couraça que nos protege contra os nossos inimigos (Santo Ambrósio). Os alimentos corporais só nutrem quando os tomamos com freqüência; assim também a fé não alimenta a vida da alma se não repetimos freqüentes vezes os seus atos.
Além do símbolo dos Apóstolos que se recita no batismo, a Igreja serve-se também do símbolo de Nicéia (composto nesse concílio em 321, e completado pelo de Constantinopla em 381) e do símbolo dos concílios de Trento e Vaticano I (publicado, o de Trento, por Pio IV em 1564, completado pelo concílio do Vaticano I em 1870). O símbolo de Nicéia, diz-se na Missa, antes do Ofertório. A profissão de fé do concílio de Trento é obrigatória no ato de posse de uma função eclesiástica e na conversão de um herege.
O símbolo dos Apóstolos contém, em resumo, o que todo católico é obrigado a saber e a crer.
As suas poucas palavras encerram todos os mistérios (Santo Isidoro). O símbolo assemelha-se ao corpo de uma criança, que é pequeno mas possui todos os membros; ou a uma semente que, apesar da sua pequenez, contém toda a árvore com todos os seus ramos.
Chama-se símbolo (sinal pelo qual se distingue alguém), porque na primitiva Igreja servia para distinguir os cristãos. Para poder assistir à Missa era preciso saber o símbolo, sob pena de exclusão. Era proibido comunicá-lo àqueles que não eram batizados; como é proibido em tempo de guerra comunicar a senha.
Chama-se símbolo dos Apóstolos porque tem origem apostólica.
Os Apóstolos, segundo refere Santo Agostinho, estando para se separar, fixaram uma regra segura de pregação, a fim de que, sem embargo da separação, estivessem unidos na doutrina. Isto não quer dizer que as próprias palavras vêm dos Apóstolos; trata-se do fundo. Até o VI século foram-lhe acrescentadas diferentes explicações; por exemplo, à palavra Pai, a de Criador...; à palavra Jesus, a de concebido do Espírito Santo...; às palavras Santa Igreja, a de católica..., etc.; foram motivadas pelo aparecimento de certos hereges. Mas, assim como o homem, pelo crescimento, não adquire membro algum novo, assim o símbolo não admitiu verdades novas.
São Pedro exerceu sobre a redação do símbolo uma influência decisiva, porque nele se encontram os pensamentos fundamentais dos seus discursos em Pentecostes e na cura do paralítico no Templo, e das suas duas defesas no sinédrio. Na primitiva Igreja o símbolo não era mais que uma fórmula de profissão de fé, que era necessário recitar antes do batismo, e que dava em compêndio a doutrina dos Apóstolos e a instrução religiosa que tinha sido ministrada antes.
Os 12 artigos do Credo são 12 gemas que espalham o fulgor da luz e da verdade, e que devemos trazer no coração, isto é, crer; são o pão espiritual que nos é oferecido à entrada da Igreja, isto é, no batismo; transformam o nosso coração num altar sobre o qual oferecemos a Deus as nossas orações e boas obras.
“Creio em Deus Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra. E em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado. Desceu à mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém.
“Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis, Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus e se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos, padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras, e subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai. E de novo há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim. Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: Ele que falou pelos profetas. Creio na Igreja, uma, santa, católica e apostólica. Professo um só batismo para a remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir. Amém.”
Fonte: Blog Alicerçando a Fé (http://bit.ly/g0LDDk)
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