A família de Connor Reid Eckhardt, de 19 anos, lançou uma cruzada contra a “maconha sintética”. O jovem morreu há pouco menos de um mês após usar uma única vez a droga, que é legalizada em vários estados norte-americanos. Uma mistura de ervas com substâncias químicas que criam efeito similar ao da cannabis, a “K2” ou “Spice”, como também é conhecida, levou o Eckhardt a entrar em coma imediatamente após fumar a droga.
“Num momento de pressão dos colegas, ele cedeu, acreditou que seria ok, até seguro, de alguma forma. Uma tragada depois, ele adormeceu e nunca mais acordou”, disse o pai do jovem, Devin Eckhardt, à emissora norte-americana KTLA. Ele e sua mulher, Veronica Eckhardt, criaram uma página no Facebook para compartilhar informações sobre a vida do jovem e os malefícios da droga sintética. “Connor Eckhardt morreu após dar UMA TRAGADA na ‘maconha sintética’. Essa substância perigosa é legal. Ajudem-nos a salvar vidas e compartilhem”, diz a descrição da página.
O médico Andrew Monte, autor de um artigo sobre a droga sintética do New England Journal of Medicine, explicou seus efeitos. “Essas substâncias não são benignas. Você pode comprá-las em lojas de conveniências ou na internet. As pessoas não parecem perceber quão perigosas essas drogas podem ser — até mil vezes mais forte que a maconha tradicional”, descreveu.
Morte cerebral
Os médicos tiveram dificuldade de identificar a droga no corpo do jovem de imediato. Eles só entenderam o que havia acontecido porque o pacote de “Spice” ainda estava em seu bolso. Com o inchaço do cérebro provocado pelo uso da droga, Eckhardt sofreu um grande aumento da pressão intracraniana e teve a morte cerebral decretada no mesmo dia. A família decidiu doar seus órgãos, o que lhes rendeu mais um período ao seu lado.
A “maconha sintética” é vendida como um incenso em várias lojas norte-americanas, e custa entre US$ 9 e US$ 13. Muito popular entre adolescentes, a droga já provocou diversas mortes e incidentes deste tipo.
Reprodução de matéria do site extra.globo.com, de 11/08/2014
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